Como e por que calcular o custo de um funcionário?
Muitos empresários ou gestores não entender os motivos pelos quais é tão importante calcular o custo de funcionário. No entanto, além de praxe, a prática é essencial para entender as finanças da sua empresa e compreender o que é gasto ao longo de um mês de duro trabalho. Neste post, você vai entender mais sobre o cálculo do valor de um funcionário.
Ter uma compreensão precisa do custo mensal de um funcionário para a sua empresa pode enriquecer sua compreensão dos custos operacionais da organização e, consequentemente, ajudar a otimizá-los.
É bastante comum que empreendedores desempenhem várias funções durante o estágio inicial de suas empresas, acumulando diversas responsabilidades. No entanto, essa abordagem torna-se insustentável à medida que o negócio cresce e as demandas aumentam.
Nesse contexto, chega o momento de contratar funcionários para melhorar a eficiência operacional da empresa. No entanto, antes de tomar essa decisão, é fundamental ter uma compreensão clara do custo que essa contratação representará para a organização.
Os custos associados à manutenção de um funcionário vão além do salário bruto, incluindo encargos sociais obrigatórios e previstos por lei.
Para tirar suas dúvidas, montamos um post que vai te mostrar como calcular o custo mensal de um funcionário. Quer saber mais? Continue a leitura!
Por que é importante calcular o custo mensal de um funcionário?
Num mercado cada vez mais competitivo, é fundamental manter uma vigilância constante sobre a saúde financeira da sua empresa, independentemente do setor em que atua.
Caso contrário, as dívidas podem crescer a ponto de ameaçar a sobrevivência do seu negócio. Portanto, é crucial monitorar de perto os custos mensais da empresa, com especial atenção aos gastos relacionados aos colaboradores e parceiros.
Para isso, é importante considerar uma série de fatores, como tributos, contribuições fiscais, salários e investimentos estratégicos (como treinamentos, cursos e benefícios, por exemplo) para uma vigilância financeira mais eficaz e para assegurar o sucesso do empreendimento.
Somente ao determinar com precisão os custos associados a um funcionário que um gestor poderá avaliar se o retorno financeiro (ROI) está alinhado com as práticas de mercado – e identificar quais são as áreas de aprimoramento potenciais na empresa.
Isso não apenas possibilita a redução dos custos da companhia, mas, acima de tudo, a otimização da eficiência operacional no dia a dia da organização.
O que tenho a ganhar ao fazer o cálculo com os custos de um funcionário?
Primeiramente, é essencial compreender que nenhum custo é insignificante a ponto de ser negligenciado.
Ao identificar as despesas não estratégicas associadas à manutenção dos colaboradores, torna-se mais simples determinar o que pode ser reduzido – ou eliminado completamente.
Em seguida, após mapear e definir todos os custos, é a oportunidade para investir efetivamente naquilo que realmente agregará valor à organização na totalidade, visando gerar retornos financeiros e operacionais significativos para a empresa.
Com o cálculo do custo de um funcionário, também será possível manter um sólido nível de organização nas questões internas da empresa, direcionar investimentos de maneira eficiente, evitar gastos supérfluos e compreender quantos funcionários são realmente necessários para manter o negócio operando de forma eficaz.
Assim, torna-se possível avaliar se a organização pode crescer de forma mais sustentável, evitando tanto o excesso de contratações quanto a escassez de talentos para compor a equipe de colaboradores.
Mantendo esses aspectos em foco, é viável contornar a deterioração da qualidade das operações e evitar sobrecargas de trabalho, entre outros desafios.
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Como calcular o custo de um funcionário?
Você sabe quanto custa manter um colaborador ou quanto deve reservar para futuras contratações? Caso não, é hora de descobrir!
Muitas vezes, existem algumas ideias equivocadas sobre o custo mensal de manter um funcionário ativo na empresa. Por exemplo, há quem acredite no mito comum de que um funcionário custa o dobro do seu salário para a empresa.
Outras análises mais detalhadas, no entanto, indicam que o custo de um funcionário gira em torno de 1,7% do valor do salário. E, por fim, há estudos que afirmam que o custo pode chegar a até três vezes o valor do salário – dependendo de fatores como o tempo de colaboração, treinamentos e afins.
Mas, apesar de todas as análise, uma coisa é certa: um funcionário de carteira assinada vai demandar muito mais que somente o salário bruto da verba de uma companhia.
Isso ocorre devido à existência de taxas e impostos que variam consoante os regimes tributários estabelecidos na legislação atual, como o Simples Nacional, o Lucro Real e o Lucro Presumido.
Portanto, para iniciar o processo de cálculo do custo de um funcionário, é fundamental identificar em qual dessas categorias a empresa se enquadra. Confira como calcular o custo de um funcionário sob esses regimentos:
Lucro Real e Presumido
Os regimes tributários do Lucro Real e do Lucro Presumido englobam uma parcela significativa da maioria das empresas que operam no Brasil, sendo considerados por especialistas como empresas com um impacto significativo no mercado com valores financeiros substanciais.
Empresas que se enquadram no Lucro Real e no Lucro Presumido geralmente devem cumprir obrigações tributárias, incluindo aquelas estabelecidas pelo Simples Nacional (como mencionado anteriormente), além de encargos adicionais, como INSS patronal, alíquotas destinadas a terceiros (SENAI, Incra, SEBRAE ou SESI) e outros encargos.
Conheça todos os valores que devem ser calculados em cima do salário de um colaborador:
- 13º salário de 8,33%;
- Alíquota de terceiros (SENAI, Incra, SEBRAE ou SESI) de 3,3%;
- FGTS de 8%;
- Fração de férias de 11,11%;
- INSS de 20%;
- Previdenciário de 7,93%.
- Provisão mensal de multa para rescisão de 4%;
- Salário Educação de 2,5%;
- Seguro Acidente de Trabalho (SAT) de 3%.
Considerando todos os impostos e encargos mencionados anteriormente, é correto afirmar que um funcionário nesse cenário custará 70% a mais do que o valor do seu salário bruto.
Para ilustrar, se você planeja contratar um funcionário com um salário de R$ 4.000,00 por mês, o custo total será de R$ 6.800,00 (R$ 4.000,00 de salário bruto somado a R$ 2.800,00 de impostos e encargos).
Simples Nacional
Normalmente, o Simples Nacional é adotado por micro e pequenas empresas. De acordo com a legislação, esse regime simplifica a tributação, consolidando todos os impostos e taxas de uma organização em uma única guia de pagamento, que é posteriormente distribuída entre os governos municipal, estadual e federal.
É crucial notar que as empresas enquadradas no Simples Nacional não têm a obrigação de arcar com encargos como o salário educação, SAT, INSS patronal e contribuições para o Incra, SEBRAE, SESI e SENAI.
Em termos gerais, os encargos incluídos no Simples Nacional abrangem:
- 13º salário de 8,33%;
- FGTS de 8%;
- Fração de férias de 11,11%;
- Provisão de multa para rescisão de 4%;
- Previdenciário de 7,93% (tributos que incluem FGTS, férias e Descanso Semanal Remunerado).
Considerando todos esses valores, podemos concluir que quase 40% dos gastos de uma empresa com manutenção ou contratação de mão de obra são direcionados para taxas e encargos, não para a remuneração do colaborador.
Leia também: Como otimizar os custos de um funcionário?
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